segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O Rali Motorsports Imprensa é nosso!

Maurício Melo
A bordo de uma L200 Triton automática

Emoção, doses de adrenalina e muito controle. Estes são os temperos do rali de regularidade Mitsubishi Motorsports, que teve sua etapa de João Pessoa neste fim de semana. E uma grata surpresa deixou tudo ainda melhor: a equipe Paraíba1/Carrinho Por Trás, formada por mim e Phelipe Caldas venceu na sub-categoria imprensa.

A competição, que tem etapas em vários estados do Brasil, é dividida em três categorias. A Graduados, para pilotos e navegadores experientes e com uso de equipamentos sofisticados como GPS, a Turismo, para equipes com alguma experiência, mas sem o uso de muitos equipamentos, e a Turismo Light, para iniciantes e quem ainda não atingiu a experiência necessária para ascender para a Turismo.

Este ano, no entanto, uma sub-categoria da Turismo Light foi criada. É a de Imprensa, onde jornalistas dos vários veículos de divulgação competem usando carros emprestados da própria Mitsubishi. E foi nessa que eu e Phelipe vencemos. Aliás, fomos tão bem que em toda a categoria, com mais de 100 competidores, ficamos 16º lugar.

Para quem não conhece, num rali de regularidade não ganha quem “chegar primeiro”, nem quem fizer o menor tempo, e sim que tiver menos penalidades. Todo o percurso é vigiado por cerca de 110 pontos de controle e em cada um deles os carros devem passar na hora exata. Para cada segundo atrasado, a equipe é penalizado em um ponto e a cada segundo adiantado, são dois pontos.

Assim, não adianta correr, não adianta se afobar. É preciso acompanhar as instruções da planilha e seguir à risca as orientações. Cada equipe é formada por um piloto e um navegador com funções bem específicas. Ah, e tem também os “zequinhas” que vão no banco de trás torcendo, ajudando ou atrapalhando, mas com certeza chacoalhando bastante.

Ao piloto, no caso, eu, cabe seguir o que o navegador disser sem questionar e manter o carro fora de atoleiros, sem escorregar e dentro da velocidade proposta. Ao navegador, cabe a leitura e compreensão da planilha e a comunicação com o piloto. A primeira vista parece coisa simples, mas só quem se propõe a ser o navegador é que sabe a dureza e a responsabilidade de ter que decidir o caminho no meio de um labirinto.



Os caminhos são quase sempre no meio de vegetação alta, canaviais, atravessando riachos e em terrenos arenosos ou enlameados. A paisagem, se não me falha a memória, é sempre linda. Digo isso porque com a pressão de fazer curvas fechadas, não atolar, não bater e ficar dentro da velocidade exigida, o que eu menos reparo é a paisagem.

Uma coisa é certa, apesar do terreno difícil, da lama, da areia fofa, de subidas e descidas em barrancos e “facões” pelo caminho, em nenhum momento o carro, uma Mitsubishi L200 Triton com câmbio automático, deixou a desejar. Todo o percurso foi feito com o maior conforto e sem sustos.

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